A canção “Culpa Minha?”, da cantora Bê O, retrata a história de uma vítima de estupro que se martiriza pelo abuso porque a sociedade alegava que ela era a culpada. Embora a música contenha um roteiro fictício, ela se assemelha à realidade de muitas mulheres brasileiras,
na qual as quais vivem em um país que normaliza a violência sexual. Assim, os resquícios deixados do sistema patriarcal na sociedade contemporânea e a objetificação da mulher na mídia intensificam o problema.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que o patriarcalismo contribui para o agravo da questão. Prova disso, a socióloga Heleieth Saffioti, em seu livro “Gênero, Patriarcado e Violência”, afirma que no regime patriarcal as mulheres são vistas como objetos de satisfação masculina e produtoras de herdeiros. Nessa perspectiva, é notório que, até os dias atuais, vestígios desse sistema extremamente machista pairam sobre a sociedade, uma vez que muitos homens, além de sentirem a grande necessidade de se satisfazerem sexualmente, cometem estupro por ainda enxergarem o sexo feminino como propriedade deles. Logo, a persistência de traços desse sistema corrobora
para a normalização social de tal prática abusiva.
Em segundo lugar, a objetificação feminina na mídia também motiva a cultura do estupro. A exemplo disso, na propaganda da marca de cerveja “Itaipava” é retratada uma mulher de corpo escultural e seminu, utilizado como um viés apelativo para promover a venda do produto e atrair os consumidores. Isso torna o corpo feminino suscetível ao desrespeito e à violência, de maneira que não pareça algo errado, como se ele fosse um objeto público e passivo de toques não consensuais. Por conseguinte, essa exposição fortalece e contribui com tal violação corporal.
Portanto, providências precisam ser tomadas para mudar essa lamentável situação. Para tal, o Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Mulher,
(agente) deverão deverá (lembre-se que você está se referindo ao Ministério da Educação), por meio de profissionais qualificados
(meio), inserir nos calendários escolares horários semanais para rodas de conversa sobre sexualidade, com enfoque no respeito pelo corpo feminino e na importância do consentimento, não só na relação sexual
(ação+detalhamento), visando, desde cedo, ensinar às crianças e aos adolescentes identificar pessoas com más intenções e, principalmente, criar indivíduos mais responsáveis
(finalidade). Dessa maneira, os efeitos da cultura do estupro serão amenizados.
@Anna1, como a sua redação está muito boa eu não vi motivos para corrigí-la separadamente, achei que você soube encaixar tudo certinho, parabéns!