O brasil é o país que possuía a maior reserva de recursos hídricos do mundo, possuindo sozinho cerca de um quinto de toda a água doce mundial. Temos ainda em nossa pátria a maior bacia hidrográfica do mundo, a Bacia do Rio Amazonas, e os dois maiores aquíferos do mundo, o Aquífero do Guarani e o Aquífero Alter do Chão. No entanto, mesmo possuindo tanta água, por que o Brasil possui uma crise hídrica tão grande e já rotineira, como no Nordeste brasileiro?
As respostas para tal dúvida começam na própria geografia brasileira: temos na Região Norte as maiores reservas e a menor densidade demográfica, enquanto no Nordeste e Sudeste temos as maiores densidades demográficas e atividades industriais mas poucas reservas disponíveis. Outro fator é a poluição dos cursos de água com a liberação de esgoto e rejeitos industriais, o que dificulta ou torna a água imprópria para consumo. No meio disso os setores mais importantes para a economia brasileira, já que temos atividades industriais e agropecuárias diretamente ligadas à água, enquanto mantemos a geração de 62% de nossa matriz energética em usinas hidrelétricas. Isso é apenas fortalecido pela falta de planejamento eficiente, que é refletido nos baixos índices de acesso a água potável e ao tratamento e esgoto, principalmente entre as classes sociais mais baixas.
Planos que podem se mostrar efetivos no combate a crise hídrica brasileira originam-se de vários pontos: políticas federais que visem conter o descarte de esgotos e resíduos industriais nos cursos de águas, iniciar obras de aprimoramento à infraestrutura das redes de tratamento de água e esgoto, para que seja possível distribuir água potável à população. Nosso dever se mostra em manter a fiscalização própria e conscientizar nossos arredores, afinal, a água é o mais vital de todos os recursos.