No corpo social vigente, a problemática acerca da intolerância no ambiente escolar tem ocasionado discussões, posto que envolve a opinião pública. Nessa perspectiva, percebe-se que os direitos sociais como a educação e a segurança assegurados pela Constituição Federal, não são vivenciados na prática e faz-se necessário discorrer no tocante as diferentes maneiras de discriminação como cor, gênero, orientação sexual, religião e exclusão social.

Primeiramente, vale destacar que os principais motivos da intolerância no ambiente escolar é a falta de empatia e sensibilização dos alunos, professores e funcionários sobre a diversidade humana. Muitas vezes, a discriminação é resultado de estereótipos e preconceitos enraizados, que são transmitidos de geração em geração e perpetuados na sociedade. Dessa forma, a afirmativa do filósofo Paulo Freire " se a educação não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda" não corrobora a realidade vivenciada no âmbito escolar.

Outrossim, vale salientar que a intolerância no ambiente escolar pode resultar em segregação e exclusão social. Quando estudantes são excluídos ou discriminados com base em sua cor, religião ou gênero, isso pode levar à criação de grupos segregados e desigualdades na educação. Por exemplo, muitas meninas e mulheres são desencorajadas a seguir carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática devido ao machismo, misoginia e a crença de que essas áreas são "para homens". Essa mentalidade limita a diversidade e a inclusão de mulheres no ensino superior e no mercado de trabalho.

Portanto, para combater a intolerância no ambiente escolar brasileiro, é necessário que os educadores estejam preparados para lidar com questões de diferenças. Nesse viés, é imprescindível oferecer treinamento para professores e outros profissionais da educação para que possam reconhecer e lidar com situações de intolerância e bullying. Também é importante que as escolas incentivem a diversidade e a inclusão, promovendo o respeito e a compreensão das diferenças. Além disso, é fundamental que o governo brasileiro apoie programas e políticas públicas que visem a combater a intolerância no ambiente escolar. Isso inclui campanhas de conscientização e programas de apoio para vítimas de bullying e discriminação.

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