Segundo o filósofo frânces, Jean-Paul Santre: “A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota” em paralelo à essa expressão é possível correlacionar às diversas formas de agressão humana à natureza e como consequência disso o número de desastres ocasionados no ecossistema tem se tornado notório. O meio ambiente é a união da fauna e da flora e o homem tem se apropriado, extraindo de sua essência, matéria prima para a seu usufruto e produção de bens para retorno lucrativo. Sabendo disso, é imprescindível discutir as consequências tão prejudiciais e buscar alternativas que alcancem a sustentabilidade e equilíbrio entre o homem e a natureza.
Durantes as grandes navegações, o homem, sobretudo de descendência europeia, teve conhecimento dos outros continentes e daquilo que estes detinham. As riquezas naturais, até então protegidas e usufruídas com respeito e segurança pelos povos originários locais, foram retiradas em meio à ameaças, guerras e genocídios. Desde então, a história e beleza natural têm dado lugar aos grandes prédios e ruas asfaltadas gerando desequilíbrio através das enchentes, secas, altas temperaturas, poluição nos rios e no ar. Como consequência disso, o próprio ser humano é prejudicado, seja com problemas de saúde, perda de bens materiais e até mesmo de familiares.
Além disso, o próprio ecossistema sofre com a insensatez humana uma vez que a instabilidade da fauna e flora gera desproporções na cadeia alimentar, desaparecimento de espécies, ressurgimento de patogenicidades que antes estavam controladas. Na animação “Bee Movie”, produzido pela DreamWorks, é possível observar que, em um pequeno ato da não polinização das abelhas, a cidade se torna sem vida e sem cor. Fora da ficção a ação humana em interromper parâmetros e ações já bem definidos e estruturados na natureza, ocasione uma desarmonia prejudicial para ambas as partes. Exemplo disso são as ruas asfaltadas que em dias chuvosos não oferecem escoamento adequado como as árvores disponibilizam, acarretando assim, enchentes, surgimento de patógenos, problemas ao solo, etc.
Diante do que foi exposto, é emergente a tomada de medidas que diminuam os desastres naturais a começar com a extinção da agressividade do homem ao meio ambiente. Sendo assim, cabe ao Ministério do meio ambiente em colaboração ao ministério da Cidadania, a criação de projetos direcionados às grandes empresas extrativistas e de ação urbana para a diminuição de uso desigual dos recursos naturais, fazendo uso de medidas que transformem os métodos em ações sustentáveis. Com isso, o equilíbrio será restaurado e a humanidade passará a viver em harmonia com o ecossistema local, como faziam os povos originários.