Segundo o filósofo grego Aristóteles, o governo possui a responsabilidade de preservar a interação entre a sociedade e os indivíduos, todavia uma parte das pessoas são negligenciadas, sobretudo ex-detentos, que possuem extrema dificuldade em se reintegrar na vida em sociedade, principalmente em ingressar no mercado de trabalho.
Como dito anteriormente, ex-detentos possuem dificuldade em obter um emprego visto que na sociedade atual existe um forte preconceito em relação aos ex-presidiários. Os empregadores muitas vezes se sentem receosos tanto com o histórico do indivíduo bem como com a qualificação dessas pessoas, a faixa etária majoritária dos presos no sistema prisional, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, é entre 18 a 29 anos e aproximadamente 71% não chegaram ao ensino médio.
Visto que mais da metade da população carcerária possui um baixo nível de escolaridade, ademais com a falta de investimento na educação e na qualificação profissional dos presidiários que estão no sistema prisional, isso se torna um obstáculo para que os detentos se restabeleçam na sociedade, por conta desses fatores a reincidência criminal é elevada, de acordo com o relatório emitido pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário, a taxa de reincidência é entre 70% a 80%.
Diante dos problemas mencionados é necessário que o Departamento Penitenciário Nacional juntamente com o Ministério da Justiça realizem parcerias com empresas para empregar e qualificar os detentos para uma carreira profissional, visando a diminuição da taxa de reincidências criminais e o Ministério da Cidadania deve promover campanhas para a incentivação de contratação de ex-detento para diminuir o preconceitos e assim o governo conseguir preservar a interação entre os indivíduos e a sociedade como havia proposto o filósofo Aristóteles.