Durante a colonização do território brasileiro, houve a dizimação da maior parte das populações indígenas e, consequentemente, suas culturas. Hodiernamente, a valorização das populações nativas oferece a chance de preservar as línguas, conhecimentos, tradições, costumes, além de evitar relatos exclusivamente através do olhar eurocêntrico colonizador que negligencia a riqueza das culturas presentes neste território.

Primeiramente, pode-se afirmar que as línguas contidas mas culturas dos povos indígenas são formas plurais de interpretar o mundo. Atualmente há mais de 270 línguas e suas influências estão no cotidiano de toda a sociedade, por exemplo em nome de cidades, rios, frutas, etc. A extinção dessas línguas, assim como tudo o que está contido nas culturas, leva à dificuldade de interpretar as vivências dos povos, a influência na sociedade e até mesmo o estudo histórico.

No mais, é importante ressaltar que a valorização das culturas dos povos indígenas levaria ao respeito de suas formas de interpretar a natureza, além de olhá-los como protagonistas da narrativa, sem o viés dos padres jesuítas nas missões católicas que os retratava meramente como selvagens que deviam ser cristianizados.

Portanto, não há de se negar os benefícios da valorização das populações indígenas. É preciso tornar o conhecimento desas culturas mais acessível, através de produção e exibição de documentários em eventos abertos ao público, financiados por mais verbas públicas destinadas à cultura. Além disso, a educação brasileira deve conter o objetivo fixo de formar cidadãos e cidadãs conscientes da importância da pluralidade cultural do país e sua influência na sociedade. Assim, haverá valorização dessa cultura rica.