Nos cinemas, filmes como "Escritores da liberdade" abordam uma reflexão valorosa sobre como os professores tem um papel extremamente importante para a formação de cidadãos de bem. Normalmente diante de produções assim as pessoas se emocionam e reconhecem como é difícil a tarefa de ensinar. Porém, do que adianta a comoção das mesmas se, na prática, a desvalorização do trabalho docente cresce a cada dia. No Brasil, os professores são desvalorizados pelo governo, mas também pela população.
Considerando esse campo de visão, é importante ressaltar o descaso do Estado com as escolas públicas. O filme retrata nitidamente a falta de materiais necessários para os profissionais conseguirem resultados melhores no processo de aprendizagem, situações como essa obriga os professores a se virarem com o básico, muitas vezes investindo dinheiro próprio para poderem diversificar os métodos de ensino, logo, impossibilitando o sentimento de valorização vivendo um cenário como esse. Sendo ideal o poder público reagir para que esse quadro seja revertido.
Deve também ser ressaltado a falta de valorização do trabalho docente pela população, visto em situações cotidianas os diversos ataques que professores sofrem ao lutarem pelos seus direitos e remuneração digna em greves ou manifestos, "não querem trabalhar" e "bando de preguiçosos" são os ataques que disparam contra os profissionais da educação.
Por tanto, a valorização do trabalho docente precisa ser mútua, tanto do poder executivo quanto da sociedade. Para isso, os professores devem abrir uma denúncia contra o descaso governamental reivindicando condições mais dignas, por meio de ações levadas aos órgãos de competência como a secretária estadual de educação. Ainda, deve ser reivindicado ao Ministério da Educação para serem realizadas campanhas de conscientização ao valor do trabalho docente, levando a população a valorizar o trabalho docente além dos cinemas.