Na animação "Como treinar seu dragão" a mitologia nórdica é utilizada para trabalhar a estória entre uma aldeia viking e os dragões que a atacavam constantemente. Contudo, a relação, inicialmente, conflituosa, toma outros rumos quando as criaturas mitológicas são adotadas pelos aldeões e zeladas em uma relação de amizade, entre humanos e seus novos "pets". Fora da ficção, no entanto, este mesmo final feliz está longe de se tornar realidade, uma vez que a incidência de maus-tratos aos animais no Brasil persiste como um desafio a ser superado. Nesse sentido, é essencial avaliar como a fragilidade das estruturas interpessoais, tal como a displicência governamental em relação a problemática, contribuí para com a sua persistência.
Com efeito, aponta-se, em primeiro plano, que a violência contra o animal é um reflexo da violência presente nos lares e no restante do Brasil. Acerca disso, a Teoria da Aprendizagem Social, de Albert Landura, aponta as influências do ambiente em que o indivíduo está submetido no seu comportamento. Por conseguinte, em um país onde a criminalidade é banalizada, casos de agressões domésticas são cada vez mais recorrentes e, até por parte daqueles que foram encarregados de proteger, o uso indevido de força é constantemente noticiado, fica claro que o âmago do problema recaia, até, sobre as outras espécies. Logo, é evidente que o aumento significativo de 33% nas denúncias registradas entre 2021 e 2022, como aponta o portal G1, é o triste resultado deste frenesi ecoante em toda a sociedade.
Não obstante, é também fundamental discutir o papel do Estado e como este se faz conivente para com os maus-tratos aos animais. Acerca disso, o art. 6 da Constituição de 88 assegura o direito à vida e a segurança a toda para a população. Contudo, o cenário hodierno demonstra que tal proposição não está sendo cumprida, uma vez que, ao habitarem o mesmo espaço social que as pessoas, é irrevogável que uma cidadania para as outras espécies também seja reconhecida e direitos semelhantes lhes sejam atribuídos. Assim, a impunidade perante a violência contra outras formas da biodiversidade denota a cumplicidade entre os governantes e os agressores.
Portanto, a mudança desse panorama para a garantia da integridade da civilização é axiomática. Para tal, o Ministério da Cultura e da Cidadania deve promover campanhas de conscientização por meio da exposição outdoors nas principais vias públicas a fim de alertar e sensibilizar a população acerca da importância da harmonia entre humanos e animais. Além disso, é imprescindível que esses anúncios contenham um disk denúncia para que, de forma anônima, os indivíduos possam relatar os casos de maus-tratos e, consequentemente, os agressores sejam encaminhados para autoridades competentes e punidos do modo adequado. Através dessa medida, espera-se que a sociedade possa caminhar em sentido a, até então, utópica realidade apresentada no pequeno vilarejo nórdico.

Ficou muito boa a sua redação!

Ficou incrivel sua redação porém na conclusão teve muita coisa falada e isso tem que ficar de alertar eles muito importante saber concluir este fator para ser 1000 ,boa sorte