Nesse sentido, é fundamental entender que o maior motivador para o cancelamento é o senso de justiça da sociedade. Isso acontece porque os indivíduos que presenciam casos de expressões ou atitudes preconceituosas e problemáticas, sentem-se no direito de julgar tais comportamentos, chegando ao nível de declarar discursos de ódio às vítimas. Tal questão pode ser observada pelo filósofo Michel Foucalt, o qual define que o poder está concentrado na rede que liga todos os indivíduos de um grupo por meio de saberes e discursos. Em outras palavras, um grupo de pessoas conectadas têm o poder de julgar e "cancelar" outra, mesmo que nenhuma delas - ou a minoria delas - esteja em posições privilegiadas. Logo, é imprescindível que esse cenário seja avaliado.
Além disso, é inegável que a cultura do cancelamento é tóxica para a saúde mental. De fato, o discurso violento de opiniões pode gerar o sentimento de desprezo, ansiedade e até depressão à pessoa que é dirigida, além de promover a barbárie e ódio no meio coletivo. De acordo com o filósofo francês Gilles Lipovetsky, a cultura do sacrifício está morta, e, por conseguinte, não se sente mais a dor do outro. Nesse sentido, haja vista que, as pessoas estão cada vez menos solidários e empáticos com os “cancelados”, os quais são negados, muitas vezes, uma justificativa de seu erro momentâneo. Desse modo, percebe-se a urgência da mudança desse quadro, já que, segundo o escritor francês Jean-Paul Sastre, a violência, seja qual for a maneira que se manifesta, é sempre uma derrota.
Portanto, é necessário combater as práticas que favorecem essa descriminação na atualidade. Tal ação deve ocorrer por meio de um projeto nacional de combate à propagação do ódio, de modo a articular palestras e debates em instituições de ensino acerca dos malefícios desses tipos de atitudes, tanto ao bem-estar social quanto a saúde mental dos envolvidos. Isso deve ser feito a fim mitigar essa problemática no Brasil. Afinal, só assim a nação terá essa questão superada.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada