A Constituição Brasileira de 1988 prevê que todos os cidadãos são iguais, entretanto ainda observa-se o preconceito racial presente na sociedade. Uma vez que o racismo persiste são necessárias medidas para o seu combate. A partir deste contexto, é fundamental compreender e analisar a importância do programa de cotas e da representatividade racial para o combate do problema.     

          Primariamente, é preciso pontuar que o racismo é um problema estrutural que tem suas raízes na escravidão. Nesse sentido, o programa de cotas deve ser visualizado não como um favorecimento a pessoas não brancas, mas sim como um meio para o combate de anos de segregação racial. O filósofo brasileiro Silvio Almeida em uma entrevista ao Canal Candeia disserta sobre importância dos cotas, falando que promovem a possibilidade de minorias alcançarem as mesmas oportunidades que pessoas brancas alcançam.     

              Além disso, é válido destacar a importância da representatividade racial. No livro "Pequeno manual antirracistas se Djamila Ribeiro, a autora incita a reflexão sobre a presença de pessoas regras nos produtos culturais. Nesse sentido é observável que grande parte da mídia popular conta com pessoas brancos em papéis principais e tendo pessoas negras apenas em papéis estereotipados. Em decorrência disso, crianças negras crescem sem nenhum tipo de representação e acabam se vendo à margem da sociedade, com o sentimento de inferioridade internalizado.      

            Portanto são necessárias medidas efetivas para o fim do racismo na sociedade. Nesse sentido, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, regulamentar o programa de cotas e assim, oferecer a possibilidade de estudo para todos. Outrossim, também cabe a sociedade e a mídia a inserção de pessoas negras nos produtos culturais, por meio de campanhas de incentivo, proporcionando às pessoas negras uma nova visão de si nas mídias. Dessa forma, a sociedade poderá caminhar rumo a igualdade, como está escrito na Constituição.

A redação apresenta uma boa estrutura e coerência de ideias.

Competência 1:
A redação apresenta alguns erros gramaticais e de pontuação, como a falta de acento em "observa-se" e o uso inadequado da vírgula em algumas frases.

Competência 2:
A redação aborda o tema proposto, apresentando argumentos relevantes e atualizados sobre a importância do programa de cotas e da representatividade racial para o combate ao racismo.

Competência 3:
A redação apresenta uma estrutura bem organizada, com argumentos coerentes que sustentam a tese proposta pelo autor. Além disso, o autor utiliza exemplos e citações de filósofos e livros para enriquecer a argumentação.

Competência 4:
A redação apresenta um bom uso da linguagem argumentativa, com uma escrita clara e coesa que permite ao leitor compreender bem os argumentos apresentados.

Competência 5:
A redação apresenta uma proposta de intervenção que respeita os direitos humanos, sugerindo medidas efetivas para o fim do racismo na sociedade, como a regulamentação do programa de cotas pelo governo e a inserção de pessoas negras nos produtos culturais por meio de campanhas de incentivo.

A redação apresenta uma boa estrutura e coerência de ideias. No entanto, é necessário adequá-la às competências do Enem.

Competência 1: Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita.
A redação apresenta alguns erros gramaticais e de pontuação, como a falta de acento em "observa-se" e o uso inadequado da vírgula em algumas frases.

Competência 2: Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema.
A redação aborda o tema proposto, apresentando argumentos relevantes e atualizados sobre a importância do programa de cotas e da representatividade racial para o combate ao racismo.

Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
A redação apresenta uma estrutura bem organizada, com argumentos coerentes que sustentam a tese proposta pelo autor. Além disso, o autor utiliza exemplos e citações de filósofos e livros para enriquecer a argumentação.

Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
A redação apresenta um bom uso da linguagem argumentativa, com uma escrita clara e coesa que permite ao leitor compreender bem os argumentos apresentados.

Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
A redação apresenta uma proposta de intervenção que respeita os direitos humanos, sugerindo medidas efetivas para o fim do racismo na sociedade, como a regulamentação do programa de cotas pelo governo e a inserção de pessoas negras nos produtos culturais por meio de campanhas de incentivo.

Nota: em torno de 850 a 900 pontos.