O filme "Coringa", relata sobre um indivíduo que projeta um alter-ego para si, visando a não recorrência de seu trauma passado, o que torna a personagem antipatizado pela sociedade. Embora a cinematografia seja ficcional, é uma realidade no contexto hodierno, e por conseguinte, os estigmas associados às doenças mentais no Brasil são a construção de uma sociedade alienada e a rejeição social.

Primordialmente, é possível afirmar que uma das problemáticas do contexto das doenças mentais é a construção da alienação coletiva. O livro "1984" exemplifica um cenário distópico, em que o Grande Irmão possui todo e qualquer controle sobre a região de Londres, o que o configura como um exímio ditador. A obra de ficção remonta o controle governamental e sua influência de massas, por meio da censura sobre as telecomunicações, história e a linguagem, bem como a fé cega pela perpetuação deste modelo. A aprovação se constrói pela falta de informação, tendo em vista o apoio da nação em prol ao sistema que gera disparidade social. É comum que o desconhecimento de uma temática gere repercussão negativa pelas as instâncias sociais, qual impacto para os indivíduos com doenças psíquicas seja a invisibilidade e a exclusão.

Outrossim, é importante discutir que um dos efeitos do estigma das doenças mentais, na sociedade brasileira, é a rejeição social. O efeito psicológico do "Vale da estranheza" demonstra desprezo e desconforto, por parte do corpo social, ao diferente, tal como visto na reação do público geral na animação "Expresso do Amanhã" devido aos personagens serem parecidos a simulacros humanos. A teoria citada compara a reação da grande parte dos quadros de distúrbios psicológicos pela população, visto que há um prévio julgamento baseado em um parâmetro dito como normal. Assim, configura-se como a consequência de uma cultura alienada.

Portanto, é imperativa a ação do "Ministério das Comunicações Brasileiro", órgão responsável pela divulgação de conteúdo. Tendo em vista a criação de um projeto de lei, do qual reserve um horário para a imprensa para contextualizar as doenças mentais para o telespectador, de forma que não aconteça só nos meses de conscientização de causas por cor. Isto, para que reforce a mentalidade dos cidadão e desconstrua o preconceito acerca desta pauta.