São Tomás de Aquino defende que todas as pessoas devem ser tratadas com a mesma importância. Contudo, os desafios da alimentação escolar no Brasil contrariam a perspectiva do filósofo, uma vez que os alunos são vítimas de descaso frequente na questão alimentar. Assim, deve-se analisar os desafios para a consolidação desse direito estudantil, como a exclusão de alunos com restrições alimentares e o silenciamento.
Em primeira análise, deve-se pontuar que a escassez de recursos financeiros para a alimentação escolar é um dos responsáveis pelo descaso para com alunos celíacos ou diabéticos. Conforme Karl Marx, o capital é o centro de uma sociedade capitalista. Nesse contexto, a fim de resolver uma adversidade social é preciso investimentos em larga escala. No entanto, em virtude da ausência de recursos financeiros para este fim, o cenário brasileiro evidencia escolas exclusivas, com ausência de suprimentos para abastecer essa parcela de alunos.
Ademais, o silenciamento nas escolas também é uma questão a ser discutida acerca da problemática. Conforme o filósofo, Jürgen Habermas, a linguagem é uma verdadeira forma de ação, isto é, debates a respeito de um cardápio inclusivo se fazem necessários para a resolução do problema.
Portanto, cabe ao Governo Federal em conjunto com o Ministério da Saúde garantir alimentação adequada para todos os alunos, por meio de investimentos massivos para a aquisição de suprimentos alimentícios. Além disso, deve-se impulsionar debates entre a equipe pedagógica e os alunos, com o objetivo de aumentar a inclusão de alunos celíacos e diabéticos na comunidade escolar.