Ao longo da história, inúmeras manifestações artísticas, assim como a película alemã, foram banidas por critérios morais ou políticos, o que configura censura. Durante a ditadura militar brasileira, essa medida foi aplicada a várias obras que continham críticas ao regime. Nesse contexto, Chico Buarque e outros compositores denunciaram a repressão por meio do emprego de figuras de linguagem em suas canções. Como consequência dessa e de outras estratégias de resistência, a democracia foi gradualmente reestabelecida. Tendo em vista o impacto da arte na redemocratização, nota-se que a censura é inaceitável, já que é um meio pelo qual governantes autoritários buscam reprimir a criticidade da população a fim de manter-se no poder.
Em contrapartida, a regulamentação – ou seja, a criação de normas legais – é necessária, contanto que fundamentada no princípio filosófico do consequencialismo: o valor ético de uma ação deriva das suas consequências. Sob essa perspectiva, deve haver sanções, como prisão e multa, se uma obra violar direitos de um indivíduo ou de um grupo – uma exibição em que uma atriz é agredida fisicamente, por exemplo. No entanto, as normas legais não podem estabelecer restrições à arte em razão do incômodo do observador, uma vez que esse sentimento é capaz de provocar reflexões importantes. Em 2017, o “Queermuseu” sofreu boicote de movimentos políticos devido a uma pintura que retratava seres humanos mantendo relações sexuais com cabras, o que foi visto, de maneira errônea, como um incentivo à prática. Embora esse ato voluptuoso cause danos à integridade física e psicológica dos animais, sua representação artística é potencialmente benéfica, pois recorre a uma cena chocante para evidenciar a existência do problema. Logo, cabe a cada pessoa a decisão de consumir ou não a obra.
Diante desses aspectos, percebe-se que os limites da arte no Brasil devem ser determinados pela lógica consequencialista. O Congresso Nacional – instituição que representa o povo − deve, mediante debates, aprovar a Medida Provisória (MP) da Liberdade Artística, que regulamentará a matéria com o intuito de que todo cidadão possa produzir e consumir quaisquer obras que não violem direitos de outrem. Assim, a censura praticada pela ditadura não se repetirá.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada