‎ ‎ ‎‎ ‎ ‎ No texto teatral “O Verdugo”, escrito em 1969 pela dramaturga brasileira Hilda Hilst, um homem é condenado à morte por espalhar ideais revolucionários e progressistas em um mundo que se encontra em decadência. Nesse contexto, a dramaturgia hilstiana reveste-se de um aspecto alegórico como via de escape dos censores da Ditadura Militar e tem como compromisso orientar as massas populares a deixarem a inércia e erguerem a bandeira do engajamento político. Não obstante, apesar dos avanços tupiniquins rumo à consolidação da democracia, há ainda obstáculos no que tange à busca de alternativas para a substituição dos combustíveis fósseis no Brasil, o que corrobora a visão de declínio global apontada por Hilst. Sob essa perspectiva, é premente analisar dois aspectos que impulsionam essa problemática: a falta de responsabilidade com o meio ambiente e a ausência de incentivos governamentais.
‎ ‎ ‎ ‎ A princípio, é notório que a sociedade brasileira contemporânea é marcada pela inexistência de ética ambiental, o que potencializa o impasse em xeque, visto os grandes impactos causados pela queima do petróleo e seus derivados. Nesse sentido, é lícito postular que a década de 1970 foi marcada pelo avanço da pauta ambientalista, e várias organizações de defesa à biosfera foram criadas, como por exemplo o “Greenpeace”. Por esse ângulo, nota-se que, apesar do hiato temporal, ainda hoje o ser humano vive um dualismo entre o direito de continuar a explorar o meio ambiente e o dever de sua manutenção. Desse modo, o comportamento “predatório” da humanidade perpetua-se, comprometendo cada vez mais o meio natural.
‎ ‎ ‎ ‎ Ressalta-se, ainda, a inexistência de incentivos por parte do governo rumo à substituição do uso dos combustíveis fósseis, complexificando a resolução do óbice em pauta. Sob esse aspecto, o Brasil é uma das referências mundiais no que se refere ao desenvolvimento de biocombustíveis, como o etanol e o biogás. No entanto, é perceptível que ainda faltam recursos para o desenvolvimento de novas alternativas ao petróleo que sejam mais baratas e menos agressivas ao solo. Isso posto, a conjuntura brasileira contrasta com o pensamento do filósofo americano John Rawls, para quem um governo ético é aquele que disponibiliza recursos para todos os setores, haja vista a pouca atenção dada à substituição do “ouro negro”.
‎ ‎ ‎ ‎ Infere-se, portanto, que há dilemas no que tange ao desenvolvimento de novas tecnologias que substituam o uso dos combustíveis fósseis no Brasil, o que deve ser mudado. Para isso, urge que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – órgão responsável por promover a adoção de princípios de proteção à natureza – crie um Plano Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Alternativas ao Petróleo,por meio da disponibilização de recursos aos cientistas brasileiros que trabalham nessa área,
a fim de possibilitar avanços rumo à descoberta de fontes de energia mais sustentáveis, diminuindo, assim, os impactos ambientais. Paralelo a isso, cabe ao Ministério da Educação implantar nas instituições de ensino, uma disciplina de ética ambiental, de modo a conscientizar os jovens e crianças brasileiros sobre a necessidade de se preservar o meio natural. Assim, com a eficiência dessas medidas, a nação verde-amarela afastar-se-á do declínio premeditado por Hilst, e alternativas aos combustíveis fósseis serão utilizadas.

@OlrenBeat @LETICIA777 @Vitorialsx

NOTA FINAL 960!
Olá! Sua redação apresenta uma boa estrutura dissertativa-argumentativa, com introdução, desenvolvimento e conclusão bem articulados. Além disso, você demonstrou um bom repertório sociocultural ao citar a obra teatral "O Verdugo" de Hilda Hilst para contextualizar o tema.

No entanto, é importante que você tome cuidado com alguns aspectos da escrita. Por exemplo, em algumas partes do texto há problemas de concordância verbal e nominal ("falta de responsabilidade", "inexistência de ética ambiental"), além de erros na utilização dos conectivos (como no trecho "Por esse ângulo"). É fundamental que você revise seu texto antes da entrega final para evitar esses deslizes.

Além disso, sua argumentação poderia ser mais consistente se houvesse maior profundidade na análise dos obstáculos à substituição dos combustíveis fósseis no Brasil. Você mencionou dois pontos importantes — falta de responsabilidade ambiental e ausência de incentivos governamentais — mas seria interessante explorar mais as causas desses problemas e suas possíveis soluções.

Por fim, sua proposta de intervenção foi adequada aos critérios exigidos pelo Enem: ela apresenta agente (Ministério do Meio Ambiente), ação (criação do Plano Nacional) e meio/efeito esperado (disponibilização recursos para pesquisa). No entanto, seria interessante detalhar melhor como essa proposta será executada na prática.

Em resumo, sua redação tem potencial para obter uma boa nota caso os ajustes necessários sejam feitos. Lembre-se sempre de revisar seu texto antes da entrega final e buscar maior profundidade na análise dos temas abordados. Parabéns pelo esforço!

Sua redação apresenta 16 desvios no total!