Em 1943, durante o governo de Getúlio Vargas, a população brasileira conseguiu a efetivação de seus direitos, após diversas revoltas populares, com a formulação das leis trabalhistas. Entretanto, com a chegada da revolução tecnológica digital surgiram diversos impactos para o mercado de trabalho, ao qual não estavam previstas na legislação do governo Vargas. Dentre eles, não só a invasão do espaço pessoal nas relações trabalhistas, mas também o aumento do desemprego gerado pela alta taxa de analfabetismo digital do país.

Como exposto anteriormente, as novas tecnologias digitais têm contribuído para violação da vida pessoal dos trabalhadores, o qual passaram a receber mensagens e requerimentos para reuniões fora do expediente. Vale ressaltar, que o centro do problema está na falta de remuneração perante o crescimento da carga horária, cada vez mais frequente nas relações trabalhistas. Segundo a Folha de São Paulo, um dos principais canais jornalísticos do país, mais de 70% da população já recebeu mensagens de seus chefes ou superiores em momentos inoportunos. Demonstrando assim, a urgência em combater os impactos da era digital no mercado de trabalho.

Paralelamente, as taxas de desemprego cresceram de forma alarmante no país, principalmente entre a população sem preparo para lidar com as transformações tecnológicas do mercado de trabalho. Consoante as informações do IBGE (Instituto brasileiro de geografia e pesquisa), mais de 170 milhões de brasileiros não possuem acesso a internet, e por sua vez tem menos chances de crescer profissionalmente, pois os empregadores optam cada vez mais em profissionais com conhecimento mínimo em TI (Tecnologias de informação). Esses dados demonstram que, hodiernamente, um dos principais problemas do mercado de trabalho é a falta de investimento governamental na educação tecno-científica.

Destarte tais apontamentos, torna-se imperiosa a atuação governamental para combater os impactos das transformações tecnológicas no mercado de trabalho. Logo, cabe ao presidente (chefe do legislativo), por meio do ministério do trabalho, promover a reformulação das leis trabalhistas, objetivando a melhora das relações entre chefe-empregado na Era Digital. Paralelamente, o ministério da educação deve nas escolas públicas, implementar aulas para capacitação de analfabetos digitais se adequarem as novas tecnologias no ambiente de trabalho. Uma vez que, segundo o professor e sociólogo Paulo Freire, a educação deve ser feita para encorajar as transformações sociais.

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