A Constituição Federal, promulgada em 1988, assegura à todos os cidadãos o direito ao lazer e entretenimento. No entanto, tal lei não é devidamente aplicada, visto que nem todos os indivíduos possuem condições financeiras para frequentarem as salas de cinema, tornando-as, desse modo, um ambiente elitista. Ainda assim, é necessário flexibilizar os métodos de acesso ao cinema, que são impedidos pelo silencimento e a priorização dos interesses financeiros.
Primeiramente, a falta de debate é uma tangente ao tema. Djamila Ribeiro afirma que, para haver soluções, a situação precisa, antes de tudo, ser tirada da invisibilidade. Porém, há um silenciamento instaurado na temática, pois a ineficiência de divulgação nos meios tecnológicos, a respeito do quão necessário é a acessibilidade de entretenimento para todos, ocasionará a desinformação. Logo,urge intervir sobre a invisilibilidade da questão, para que soluções sejam promovidas,como proposto pela pensadora.
Além disso, a lógica capitalista faz-se uma constante. Segundo Bauman, os valores humanos são invertidos pela busca do lucro. Nessa lógica, ao priorizar o cinema somente pela renda conquistada, fará com que, para os cidadãos mais vulneráveis, o local se torne de impossível acesso, devido ao valor aplicado.Assim, provocará a desvalorização do ser humano, necessitando, dessa forma, inverter a lógica de Bauman,para que os direitos humanos sejam valorizados.
Portanto, é necessário intervir nessa questão. Para isso, o Governo Federal deve criar campanhas sobre a necessidade de viabilizar os custos do cinemas brasileiros,divulgando em mídias de massa, a exemplo da Internet, visando o grande número de espectadores. Isso deve ser feito por meio da destinação de verbas, a fim de reverter o silenciamento. Paralelamente, é necessário intervir na lógica capitalista. Dessa maneira, haverão menos "Cidadãos de Papel" como citado por Dimesntein.