A revolução francesa de 1789 foi o berço de todos os direitos e deveres construídos na contemporaneidade, tais quais a liberdade e a igualdade. No entanto, percebe-se que a sociedade brasileira não tem sido fiel a esses conceitos, um exemplo disso é a questão da dificuldade do acesso ao cinema no Brasil, o que é incongruente com esses princípios históricos, em virtude de erros de entes públicos e coletivos. Assim, urge a análise precisa do imbróglio à luz de questões normativas e educacionais.
Sob esse viés, cabe ressaltar, em primeiro plano, que o problema acontece por falhas governamentais. Dentro desse aspecto o filósofo Platão afirma que: “ A política é a esfera para a realização do bem comum”, o que não é levado a sério pelos estadistas. Isso ocorre porque, não há políticas públicas para conscientizar a sociedade, sobre a importância da democratização do acesso ao cinema no Brasil, que além de ter grande peso cultural para a população ainda fornece muito enriquecimento informativo, já que as histórias transmitidas nos cinemas vem repletas de conhecimentos e experiências dos personagens. Com isso, os brasileiros tendem a perder todos esses benefícios, uma vez que o acesso a uma sala de filmes é extremamente difícil ou até mesmo impossível considerando que na maioria das cidades do interior brasileiro nem sequer tem um cinema. Assim sendo, fica claro que a falta de políticas públicas tem influência direta com a dificuldade do acesso ao cinema no Brasil.
Outrossim, é imperioso destacar, em segundo plano, que as lacunas escolares também são motivo de óbice. Como não há educação de qualidade para preparar os jovens, a maioria deles acabam sendo influenciados por gerações passadas, com pensamentos ultrapassados sobre as possibilidades do acesso ao cinema, que por sua vez acham esse fato uma “coisa de outro mundo” e acabam passando esse tipo de pensamento para as próximas gerações. Com isso, a adversidade persiste e consequências como, jovens que nem sequer acreditam ser possível ter uma experiência como uma “ida ao cinema” tem sido cada vez mais frequentes no Brasil. Logo, deve-se aplicar o pensamento de Nelson Mandela, que afirma: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, para a mudança do quadro retratado.
Fica evidente, portanto, que são fundamentais a criação de alternativas para amenizar o impasse citado. Para isso, os interlocutores da informação como noticiários televisivos e canais da imprensa em outras plataformas devem promover relevância sobre a importância da democratização do acesso ao cinema no Brasil, por meio de vídeos e debates com especialistas da área. Isso com a finalidade de enaltecer a importância do cinema para a cultura brasileira. Logo, a dificuldade do acesso ao cinema no Brasil será intermediado no século XXI.