Na novela “Malhação - Viva a diferença”, um dos temas retratados é o uso das fake news, por parte de alguns empresários, como ferramenta para denegrir a imagem das instituições públicas de ensino, e assim, alcançar mais matrículas em suas escolas privadas. Análogo à ficção, hodiernamente, as falsas notícias têm se alastrado no meio virtual, ocasionando problemas como pequenos golpes, e em níveis mais graves, a morte de um cidadão. Isso se evidencia não somente pelo aumento do compartilhamento de mensagens suspeitas em aplicativos de conversa, mas também pela falta de educação digital da população.

Em primeira análise, é válido ressaltar que as fake news são disseminadas principalmente pelos aplicativos de conversa, um advento característico da era da informação. Segundo o sociólogo espanhol Manuel Castells, em seu livro “Sociedade em rede”, deu-se início a uma nova fase do capitalismo, chamada de Informacional, na qual há um grande fluxo de informações, via internet, devido ao avanço tecnológico e à globalização. Nesse viés, depreende-se que pelo fato desses aplicativos da era informacional terem alcance global em um tempo significativamente curto, acabam se tornando armas de pessoas mal intencionadas.

Além disso, é importante frisar que a falta de conhecimento digital por parte da população colabora para esse maior alcance das notícias falsas, visto que não são orientadas devidamente a investigar as informações que têm acesso. De acordo com o ativista político Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo. Dessa forma, é evidente que se as pessoas fossem melhor direcionadas e educadas em relação às fake news, seria uma grande contribuição para o combate delas.

Fica evidente, portanto, que as falsas informações são um perigo que deve ser solucionado na sociedade brasileira. Nesse sentido, é papel do governo, como detentor do bem-estar social, promover mais propagandas sobre como identificar as fake news, por meio dos veículos midiáticos de grande alcance. Também deve dar atenção à educação digital nas escolas, investindo na especificação dos professores nessa área, através de cursos, a fim de evitar que a população contribua com a difamação, injúria, e calúnia de qualquer pessoa física ou jurídica.