A Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia no Brasil, assegura a todos o direito à vida e bem estar perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Entretanto os frequentes casos de negligência contra os idosos, mostram que parcela significativa da população ainda não vivencia os direitos existentes. Dessa forma, percebe-se que o capitalismo em vigor e as tecnologias atuais agravam essa situação.
No contexto do sistema capitalista atual, os idosos são vistos como um fardo, uma vez que que não são mais capazes de produzir na mesma medida em que consomem. A percepção de que são incapazes, consequência das limitações físicas e mentais, leva ao preconceito por parte das pessoas mais novas na sociedade. O valor da aposentadoria geralmente não cobre os gastos totais com a saúde, o atendimento público é de baixa afetam principalmente pessoas dessa idade, resultando na falta de cuidados adequados e na escassez de qualidade de vida da terceira idade.
Ademais, é fundamental pontuar que os novos avanços tecnológicos não são de total inclusão social, uma vez que a maior parte dos idosos não tem conhecimento de como manusear um celular ou efetuar um pagamento digitalmente. É comum os avós pedirem ajuda aos netos ou filhos para lidar com as tecnologias, no entanto, a falta de paciência para inseri-los nesse mundo digital é significativa, causando cada vez mais a exclusão das pessoas de idade avançada da sociedade.
Dito isso, é clara a urgência de combater a desvalorização do idoso no Brasil. É necessário que o Governo, juntamente com as Prefeituras de cada estado, criem estratégias no âmbito da saúde pública para suprir a necessidade que tal idade demanda, visando beneficiar esses cidadãos brasileiros. Ademais, é de responsabilidade da sociedade e dos meios de comunicação inserir essas pessoas no meio digital tornando os dispositivos eletrônicos acessíveis e promovendo iniciativas de ensino voltadas para essa população. Para que assim a sociedade possa interagir igualmente sem distinção de idade.