No seriado "Grey’s Anatomy" retrata a rotina de médicos em um hospital em torno da pandemia do COVID-19 e abordará o desenvolvimento da vacina para prevenir a doença, entretanto, ocorrerá movimento antivacina que se tornou popular globalmente. Não longe da ficção, percebe-se aspectos semelhantes no que tange à questão em torno da obrigatoriedade da vacinação no Brasil. Nesse contexto, torna-se evidente como causa a desinformação bem como a falta de confiança.
Convém ressaltar, a princípio, que a desinformação é um fator determinante para a persistência do problema. Nesse sentido, o filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do problema: se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre vacinação sua visão será limitada, o que dificulta a erradicação do problema.
Além disso, a falta de confiança é uma barreira no que tange à questão da exigências da vacinação. De acordo com o antropólogo Mantegazza, “A ciência é o melhor instrumento para medir a nossa ignorância”. Como demonstra essa perspectiva, a pesquisa científica é essencial para se diagnosticar problemas e chegar em seus detalhes, como é o caso da vacinação. Assim, como não há uma boa base de confiança entre os cidadãos com o imunizante, assim, no se refere dificulta-se sua consolidação do problema.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para alterar esse cenário. Assim, especialistas no assunto, com o apoio de instituições também especializadas, devem desenvolver ações que revertam a má influência midiática sobre a vacinação na população brasileira. Tais ações devem ocorrer nas redes sociais, por meio da produção de vídeos que alertem sobre as reais condições de não se imunizar, comparando o tratamento que a mídia dá com relatos de pessoas que de fato vivenciaram tal problema. É possível, também, criar uma "hashtag" para identificar a campanha e ganhar mais visibilidade, a fim de conscientizar a população.