Diante do cenário da Revolta da Vacina em 1904, o médico sanitarista, Oswaldo Cruz, conseguiu garantir a obrigatoriedade da vacinação para a população brasileira. Entretanto, atualmente esta obrigatoriedade ainda enfrente dois grandes desafios: A falta de informação por parte do governo e consequentemente o movimento antivacina. Estes nos acompanham desde o acontecido de 1904.

Inicialmente, pode-se fazer uma anologia da falta de informação por parte do governo com a Revolta da Vacina de 1904, na qual pessoas eram vacinadas a força, pois não recebiam informações sobre o que se tratava aquela forma de imunização, fazendo com que as mesmas acreditassem que algo favorável para sua saúde era, na verdade, uma ameaça a sociedade. E mesmo após mais de um século, a falta de informação confiável continua afetando os índices de imunização e descumprindo o artigo 196 da Constituição Federal, onde diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e outros agravos”.

Por conseguinte, o movimento antivacina vêm ganhando força e afetando também, negativamente, os índices de imunização. Nessa ótica, ao destacar a ideologia do filósofo Platão, especificamente sobre o uso da razão para combater os problemas sociais, é notório como esta não é realizada pelos brasileiros, sobretudo quando o assunto é a obrigatoriedade da vacinação. Isso porque, lamentavelmente, a população se faz alheia a realidade na qual está inserido, tendendo a acreditar em fatos falsos sobre a negação de evidências científicas, sendo estes recebidos através das redes sociais de comunicação ou sites não seguros.

Desse modo, fica evidente que são fundamentais a criação de alternativas para amenizar estes desafios citados. Para isso, o governo juntamente com os interlocutores de informação, como noticiários televisivos, redes sociais do governo e canais de imprensa em outras plataformas, devem promover a relevância sobre a importância da vacinação, para o combate de doenças contagiosas, por meio de vídeos, panfletos e entrevistas com especialistas na área da saúde. Isso com a finalidade de fazer a população brasileira entender que a obrigatoriedade da vacinação não é algo ruim, mas sim uma forma de garantir o direito da saúde a toda população.