A dipirona, anti-inflamatório usado contra febre e dores, é o remédio mais procurado para tais sintomas primários. Entretanto, por ter vários efeitos colaterais, sua venda é proibida em diversos países que exigem sua receita - diferente do Brasil, onde sua acessibilidade é fácil e barata. É neste sentido que remédios como esta é um perigo quando em relação à atual cultura nacional da automedicação.
Primeiramente, é preciso salientar que a praticidade de abolir o sintoma com os remédios mais próximos após se autodiagnosticar é mais simples que a visita ao médico. Além disso, a atualização dos Mendicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) pela Anvisa, amplia a lista de remédios que podem ser vendidos sem receita, de acordo com a Instrução Normativa número 86.
Ademais, o desconhecimento das reações do medicamento automedicado é de risco ao consumidor por estar propício à reação alérgica, dependência ou até morte. Esta é a principal influência no número de 20 mil pessoas que morrem anualmente vítimas dos efeitos colaterais, segundo a Abifarma.
Em suma, de modo a proteger a sociedade dos danos causados por digestão de remédios sem consulta médica, é dever do Ministério da saúde em conjunto ao Ministério da educação, promover comerciais televisivos de advertência sobre o risco de tais medicamentos, além de restringir sua venda, por meio da Anvisa, requerendo receitas médicas para o uso consciente e seguro.