A constituíção federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 5º o acesso à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. Entretanto, tal prerrogativa não se mostra verdadeira na prática, visto os desafios para formação educacional dos surdos no Brasil. Vale ressaltar ainda, que tal problemática descorre não só da falta de interesse governamental, mas também pelo preconseito social.
Destarte tal exposição, entende-se que a falta de investimentos governamentais é um dos principais obstáculos para formação educacional dos surdos. Segundo o patrono da educação brasileira Paulo Freire, em sua obra 'Educação da autonomia', além de ensinar as ciências técnico-científicas, as escolas devem promover mudanças no quadro social. Porém, não é o que se observa no atual cenário brasileiro, uma vez que esses alunos tem que recorrer a escolas especializadas, sendo que a maioria é de classe média-baixa. Dessa forma, tem-se a evasão escolar como principal consquência para a falta de investimentos públicos na formação educacional dos surdos.
Além disso, o preconceito da população impede que os alunos surdos sintam-se seguros no ambiente escolar. Pode-se citar portanto os estigmas do período da Idade média, patrona de tais discriminações, em que as pessoas com deficiência foram demonizadas pela desinformação da época. Voltando a atualidade, sob influencia de marcas históricas, o capacitismo e a relutância acerca da linguagem de sinais, demonstram as causas para a violência física e moral contra as pessoas surdas, outro desafio para sua formação educacional.
Portanto, visando combater o problema, principalmente o desinteresse governamental com a população, o ministério da educação deve implementar a linguagem de libras no currículo da educação básica, por meio de atividades interativas entre os alunos. Dessa forma, espera-se diminuir o preconceito e proporcionar um ambiente seguro para as pessoas surdas, uma vez que com a comunicação, há o entendimento sobre as dificuldades do outro.