"O cidadão invisível" trata sobre a desvalorização de alguns indivíduos na sociedade brasileira. De fato a crítica de Dimenstein é verificada na dificuldade de acesso em cinemas no Brasil, que é pouco falado e muitas vezes ignorado por parte da população. Nesse sentido, observa-se o problema que tem como causa o silenciamento e a lógica capitalista.
Desta forma, em primeira análise, a falta de debate é um desafio presente no problema. Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que medidas sejam tomadas. Porém há um silenciamento na questão da democratização para acesso ao cinema. Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela, como defende a pensadora.
Em paralelo, a priorização de interesses financeiros é um entrave no que tange a problemática. Para Bauman, os valores da sociedade estão sendo colonizados pela lógica de mercado. Tal constatação é nítida na dificuldade de acesso ao cinema no Brasil, visto que não há investimento para construção de cinemas em áreas e cidades menos populosas. Assim, inverter a lógica e colocar os valores humanos em primeiro lugar é urgente.
Portanto é indispensável intervir sobre o problema. Para isso o Poder Público deve investir no acesso ao cinema no Brasil por meio da destinação de verbas a fim de reverter a supremacia de interesses mercadológicos. Tal ação, pode ser divulgada em mídias de massa para que a população tome conhecimento. Dessa maneira, oBrasil poderá ter menos "cidadãos de papel" como defende Dimenstein.