A alteridade é o exercício de se colocar no lugar do outro, e o perceber como uma pessoa singular é subjetiva. Desse modo, percebe-se que na questão da ressocialização de ex-detentos falta a aplicação desse conceito por parte dos poderes públicos, e uma grande parcela da sociedade, o que provoca inúmeros problemas à coletividade. Assim, é imperioso o debate disso, com foco no sistema carcerário e desigualdade social.

Inicialmente, urge salientar que a relação casuística de adversidade se dá pela negligência governamental. Sobre isso, o filósofo Thomas Hobbes, dentro da obra " O Leviatã ", afirma que é função do Estado, a parte de Contrato Social, a imposição da ordem e das garantias naturais ao indivíduo. No entanto, essa falta de garantia provoca a uma grande porcentagem dos cidadãos que passam pelo sistema carcerário a partir do momento em que ele não efetiva o direito a reeducação, ressocialização, e nem o oferecimento de cursos profissionalizantes, é essencial nesse caso. Com isso, a cidadania é colocada em um plano imaginário e o óbice persiste.

Outrossim, torna-se imprescindível referencia Sêneca, grande filósofo do império romano, que, uma vez afirmou, " Não estudamos para a vida, mas para a escola. " Todavia, quando se adentra a realidade hordiena, as escolas, uma das principais ferramentas de formação de opiniões. A população é afetada de diversas maneiras quando a desigualdade Social se alastra. Isso pode diminuir a motivação das pessoas em luta por mudanças. Dessa forma, essa realidade pode gerar níveis altos de desemprego,marginalização, mortalidade, entre outros fatores.

Destarte, fica evidente que são fundamentais a ressocialização e reeducação para amenizar o impasse citado, compete ao Governo Federal criar políticas públicas que promova a ressocialização de ex-detentos, com o oferecimentos de cursos profissionalizantes por meio de projetos financiados com instituições de ensino, e sobre tudo reforma o sistema carcerário brasileiro, focando na reeducação do indivíduo. Certamente para melhorar a educação prisional é necessário uma organização junto às instituições penitenciárias, programas amplos de educação destinadas a desenvolver plenamente as potencialidades de cada recluso. Logo, deveria minimizar os efeitos negativos do encarceramento, melhorar as perspectivas de reinserção e reabilitação, autoestima e a moral.