São recorrentes os casos de xenofobia no mundo, constatados desde a Idade Média, com a perseguição de judeus e muçulmanos pela Igreja Católica, e na Segunda Guerra Mundial, com o Holocausto Nazista. Desde então, a Organização das Nações Unidas vêm reunindo esforços para apaziguar a questão xenofóbica mundial, porém essa problemática persiste e se intensifica até os dias atuais. Nesse contexto, convém explorar as causas da contínua permanência dessa problemática, no contexto nacional.
A partir disso, cabe pautar a insensibilidade intrínseca na população brasileira sendo uma das principais causas do problema em questão. Sob esse viés, Hannah Arendt, filósofa alemã, disserta em sua teoria da Banalidade do Mal, que ao repetir uma atitude maléfica diversas vezes, os indivíduos param de vê-la como errada. Analogamente, é evidente a constatação dessa teoria na sociedade hodierna, como no caso do congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca após cobrar o pagamento do seu salário, o qual estava atrasado há dois dias. Posto isso, a frequência com que casos assim são divulgados pela mídia brasileira, contribui para uma visão normalizada de ocorrências graves, a exemplo do Moïse, que foi "esquecido" pela sociedade pouco tempo depois da propagação de seu caso. Consequentemente, tais atitudes geram a segregação da população brasileira para com refugiados - principalmente oriundos de países com traços africanos e árabes-, fomentando discursos de ódio.
Outrossim, torna-se imperativo a ação da negligência governamental como catalisador para o revés. Segundo o filósofo, São Tomás de Aquino, todos os sujeitos de uma sociedade democrática são igualmente importantes, todavia, no Brasil hodierno, essa ideia é imperceptível. Haja vista, a ineficácia do poder público para cessar os recorrentes casos de xenofobia presentes no cotidiano brasileiro, tal ineficiência é observada na má aplicação de leis que asseguram direitos a refugiados no Brasil, visto que xenófobos são raramente punidos, mesmo havendo denúncias contra os mesmos. Assim, sem uma atitude do Estado para amenizar essa situação, ocorre a permanência do problema que, aliada à escassa percepção - pela sociedade - de refugiados como elementos detentores de direitos, torna a estada dos mesmos em nosso território, árdua.
Desse modo, faz-se urgente a tomada de medidas públicas para a mudança desse panorama. Nesse sentido, visando aplicar, corretamente, as leis já existentes, cabe ao Poder Judiciário, órgão responsável por resolver conflitos entre os cidadãos e o Estado, penalizar indivíduos que cometam atos de discriminação contra refugiados. Juntamente a isso, destinar verbas para que presídios de todo o Brasil implementem o projeto "De Braços Abertos". Esse programa acontecerá por meio de palestras realizadas em penitenciárias brasileiras, que serão ministradas por imigrantes e estudiosos do campo da sociologia, com a finalidade de ressocializar esses infratores. Concomitantemente, utilizar parte da verba para implementação da proposta supracitada em escolas e universidades, com o fito de informar os nossos futuros cidadãos. Sendo assim, não teremos de punir o futuro da nossa nação.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 160
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.