Segundo o célebre filósofo grego, Pitágoras, “Eduquem as crianças e não será necessário punir os homens”. Entretanto, quando se observa o cenário brasileiro vigente, percebe-se que essa lógica não é consolidada, haja vista os desafios que comprometem o desenvolvimento da capacidade de ler para estimular a formações de bons leitores. Nesse contexto, cabe analisar as desigualdades socioeconômicas e a omissão informacional do Estado como principais causas do revés.
Diante desse cenário, tem-se a influência da erradicação de igualdade social e financeira no problema. Acerca disso, Martin Luther King defende que a injustiça em qualquer local ameaça à justiça em todo lugar. Nesta lógica, os dados estatísticos do Ministério de Educação (MEC), se igualam com a ideia de Martin Luther King, uma vez que há uma discrepância significativa no vocabulário entre as crianças de classe média alta e baixa, dificultando o aprimoramento da literacia para formar leitores excelentes no futuro, pois os adultos que poderiam reverter o impasse por falta de alfabetização não podem influenciar a prática da leitura dos seus descendentes. Logo, inviabilizando a dissolução da conjuntura inaceitável e, ainda, dificulta a posição do Brasil em classificações mundiais que abordam a qualidade da educação.
Outrossim, denuncia-se o agravamento do óbice por parte da falta de informações do Estado. Ademais, o sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, desenvolveu o conceito de instituição “zumbi” - algumas instituições perderam a sua função social, embora ainda mantenham sua essência. Nesse contexto, a disponibilização de canais informacionais são cruciais não só para aumentar o conhecimento da população como proporcionar o retorno das funções sociais das instituições estatais. Todavia, ao passo que o Ministério da Tecnologia da informação não cumpre sua obrigação, os impasses voltados às dificuldades da literacia no Brasil se mantêm em vigor, fazendo jus ao pensamento de Bauman.
Em suma, observa-se a necessidade de atenuar os desafios relacionados que comprometem o desenvolvimento da literacia para estimular a formações de bons leitores. Portanto, o Ministério da Educação - órgão encarregado de desenvolver ações para uma boa qualidade educacional no país - deve realizar através de investimentos estatais, palestras e cursos sem custos para a população mais afetada financeiramente, com a finalidade de diminuir as desigualdades socioeconômicas que contribuem para o aumento da problemática. Além disso, o Ministério da Tecnologia da Informação em conjunto com a mídia, mediante os canais midiáticos, precisa desenvolver propagandas para informar a população sobre a importância da literacia para a formação de leitores. Com isso, espera-se a consolidação do pensamento elencado por Pitágoras.