Na obra "Utopia", do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, no que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que o Brasil possui um grande número de fumantes apresentando barreiras para uma sociedade perfeita. Isso deve-se, sobretudo, à influência midiática e ao fator histórico brasileiro.
Primeiramente, é importante ressaltar que são inúmeros os motivos que leva o uso do tabaco, dentro dos quais destaca-se às mídias. Ainda que propagandas de tabagismo sejam proibidas por lei, programas e novelas fazem veladamente apologia ao uso. No programa BBB20, o participante Babu Santana sempre aparecia com um cigarro, observa-se então, o fato de um ator famoso fazer uso da cigarrilha em uma grande rede de televisão aberta estimula os telespectadores ao uso e a normalização dessa problemática. Dessa forma, urge a necessidade de fiscalização.
Além disso, é substancial salientar a questão histórica como um dos fatores correspondente ao uso na contemporaneidade. No processo de colonização do Brasil, o tabaco foi um dos principais produtos da economia da época, gerando lucros até os dias atuais, com as grandes produções chefes de famílias passaram a consumir o produto. Consequentemente, essa prática se tornou cultural no país passado entre as gerações e permanecido até os dias atuais. Logo, é preciso desfazer esse enraizamento maléfico do Brasil.
Em síntese, é preciso que o governo federal faça um monitoramento nos conteúdos que fazem apologia ao tabagismo, por meio de um sistema computacional que visa a fiscalização dos conteúdos expostos. Também é necessário que o Ministério da Educação promova palestras nas escolas sobre as consequências causadas pelo tabagismo, por meio dos profissionais da saúde. Nesse sentido, a partir de tais medidas será possível a construção de uma sociedade perfeita, assim como a descrita por Thomas More.