No que se refere à saúde mental e o avanço dos índices das doenças mentais no Brasil, a sociedade atual que possui como desafio o combate dessas enfermidades, trata elas como algo sem prioridade e relevância. Dentre outros fatores que contribuem para o aumento de casos, destaca-se a falta de auxilio efetivo da sociedade que compreende o âmbito familiar, comunitário e ate clinicas particulares que cobram altos valores para tratamento visando lucro e impossibilitando o acesso de muitos.
Além disso a lei de reforma psiquiátrica (lei 10.216) de 2001 enumera como um dos direitos previstos para o portador de de transtornos mentais o tratamento preferencial em serviços comunitários de saúde mental, ou seja, no lugar de isolamento, o apoio familiar, pois o transtorno também é um problema social.
Também observa-se um desleixo do estado quanto a saúde, pois segundo o ministério da saúde, a previsão orçamentária para a área da saúde mental em 2019 é menos de 1,5% do orçamento total para atuação desse ano, ou seja um investimento muito à baixo do esperado contra os aumentos de transtornos mentais que vem sendo registrados. Historicamente, as ações relacionadas à saúde mental no país vem sendo delegada à assistência social, ficando ausentes de debates técnicos e produção de conhecimento, concentrando-se apenas no diagnóstico e medicação.
Dessa forma, percebe-se que grande quantidade de problemas de saúde mental são igualmente preveníeis e tratáveis e sua desassistência, provenientes do aumento da duração dos transtornos, acabam por superar os custos diretos. Além de investimentos na produção de conhecimentos científicos, são necessárias implantações de medidas de apoio ao paciente e a família e o oferecimento de atendimento psicossocial em escolas e espaços comunitários.