Na série Anne com um "E", uma garota indígena é retirada da sua família, para frequentar a escola religiosa católica para filhos de canadenses indígenas, onde foi maltratada, humilhada, forçada a deixar sua raiz cultural, nome e língua. Assim, como na trama, evidencia-se, ainda, na sociedade contemporânea brasileira, a invisibilidade indígena. Essa realidade se deve, essencialmente, à violação dos direitos indígenas e à violência contra os povos indígenas. Nesse sentido, faz-se imperiosa a análise dessa conjuntura, pois na sociedade contemporânea brasileira, ainda é notória essa problemática.

Em primeira análise, vale ressaltar que, a Constituição Federal de 1988, assegura o reconhecimento de costumes, crenças, tradições, línguas e o modo de vida. Embora intitulado, é evidente, o não reconhecimento desses direitos na sociedade brasileira. Sob essa conjuntura, este cenário, é atrelado à chegada dos colonizadores ao Brasil, em 1500, pois, ainda existem no século XXI, a violação dos direitos indígenas, como a invasão e exploração de suas terras.

Ademais, vale mencionar que apesar das violências, a luta dos povos indígenas é por justiça e não por vingança. Isso é retratado no documentário "Guerras do Brasil", onde é apresentado a invisibilidade social, a violência e a injustiça contra os povos indígenas ao longo dos últimos séculos. Assim, nega-se os direitos do indígena, provido pela constituição.

Dessarte, o Estado deve tomar providências para combater esta problemática. Para tanto, o governo deve ampliar a proteção dos direitos sociais indígenas, através de programas e campanhas de incentivo, para que haja visibilidade desse povo. Paralelamente, cabe a sociedade civil organizada, promover a visibilidade dos povos indígenas, nas políticas sociais do país, através de palestras, com o fito de incentivar as pessoas sobre a valorização do povo indígena. Somente assim, será possível resolver essa conjuntura, como é provido através da Constituição de 1988.