Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que o Estado é peça fundamental para entender esse panorama. Segundo o pensamento keynesiano, o governo de um país é o principal responsável por criar e executar projetos que beneficiem seus cidadãos. Contudo, ao permitir a superlotação de cadeias, não providenciar a restruturação física das mesmas e negligenciar a criação de políticas que possam ressocializar esses detentos, o poder público não cumpre com o papel de amparo da sociedade. Dessa forma, esses prisioneiros não encontram, no sistema prisional, meios de regeneração a fim de proporcionar sua reinclusão no âmbito social.
Outrossim, o desconhecimento da situação dos detentos, no Brasil, por uma parcela da população pode ser apontado como consequência desse quadro. Conforme o filósofo iluminista Voltaire, o preconceito é uma forma de opinião de quem não possui conhecimento sobre os fatos analisados. Nessa perspectiva, parte da sociedade reproduz um discurso de ódio causado pela visão deturpada que alguns meios de comunicação transmitem: presidiários são pessoas irrecuperáveis. Esse raciocínio vem de encontro com as ideias de “sociedade de controle”, que o filósofo francês Gilles Deleuze desenvolveu: o poder dominante por meio dos veículos de comunicação decide como os componentes da população agem. Desse modo, é necessário estabelecer um diálogo, em todas as esferas públicas, sobre a situação real dos detentos no país.
Evidencia-se, portanto, que o debate sobre o sistema prisional brasileiro e seus efeitos na contemporaneidade é medida que se impõe. Para tanto, o Ministério da Segurança Pública, deve aplicar medidas que permitam a construção de novos presídios para diminuir a superlotação e a criação de escolas profissionalizantes com o intuito de ressocializar esses presos após o cumprimento de suas penas. Além disso, a Secretaria Especial de Comunicação social deve providenciar a veiculação de cartilhas e propagandas com a intenção de explicar a população sobre os direitos que presidiários possuem.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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