Na obra "A República", o filósofo grego Platão idealiza uma cidade livre de desordens e problemas, em que o povo trabalha em conjunto para superar todos os obstáculos. Fora da ilustre produção literária, com ênfase na sociedade brasileira moderna, percebe-se o oposto das ideias de Platão, visto que o combate à violência no sistema prisional do país representa um obstáculo de grandes proporções. Assim, é notório que esse cenário antagônico é fruto tanto da corrupção no governo quanto das leis aplicadas pelo Poder Judiciário.

Diante desse cenário, é fundamental pontuar que o agravamento da violência no sistema carcerário deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que se refere à criação de mecanismos que caibam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades, alguns governantes cometem ações ilícitas e desvios de verbas públicas que seriam utilizadas para combater a problemática, ocasionando uma superlotação no sistema penitenciário brasileiro.

Ademais, vale ressaltar o descaso do Estado, principalmente na esfera legislativa como promotor do problema. Conforme o sociólogo alemão Dahrendorf, no livro "A lei e a ordem", a ananomia é a condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perdem sua validade. De forma análoga a esse pensamento, nota-se que as leis que regulamentam os atos no sistema prisional encontram-se em um estado de anomia, pelo fato de serem infringidas, por vezes, sem qualquer punição ao infrator.

Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática na nação brasileira. Desse modo, com o intuito de mitigar à violência no sistema prisional do país, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União - órgão responsável pela fiscalização da aplicação de recursos públicos - direcione capital que, por intermédio do Ministério da Justiça - órgão responsável pela administração pública federal -, será revertido em melhor segurança dentro do presídio e também ambientes educacionais para desenvolvimento intelectual, através de um membro do Conselho Estadual será fiscalizada todo processo de melhorias. Assim, a importante questão poderá ser solucionada.