A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6; o direito a eixo social como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto tal prerrogativa não tem se reverbado com ênfase na prática, quando o assunto é o registro civil dos brasileiros. Sendo esta, uma problemática recorrente no país devido a desinformação e a burocratização destes serviços.
A filósofa Simone de Boavouir, afirmou que: o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles. Partindo dessa primicia é notório que a burocratização, se tornou comum no dia a dia da sociedade brasileira. Onde o estado no intuito de diminuir os casos de roubo de dados, organizou para que estes fossem realizados manualmente por meio de agentes governamentais. No entanto, este fator desencadeou uma série de problemas como o fato de muitos brasileiros terem de viajar longas distâncias, enfrentarem enormes filas e até mesmo ser necessário dormir no local de expedição dos documentos.
Ademais, é notório que em diversas regiões do país tal problemática se faz recorrente, pois há casos onde crianças nascem marginalizadas a sociedade, sendo assim não possuem nem mesmo o registro de nascimento obrigatório exigido pelo estado. E outros milhares possuem o seu primeiro documento: a certidão de nascimento, no entanto não sabem onde é como podem providenciar os outros documentos, importantíssimos para todo cidadão brasileiro. Impossibilitando-os de ingressarem em universidades, empregos formais, benefícios sociais, dentre outros.
Logo é indiscutível que medidas precisam ser tomadas, como o uso da tecnologia, por meio de plataformas governamentais, com o intuito de desburocratizar o sistema, e o uso destes e outros meios midiaticos para garantir o acesso do cidadão a informação. Assim caminharemos para uma sociedade justa e igualitária, marcada pelo reconhecimento de todos os cidadãos desta.