"O maior dos escândalos é que nos habituamos a eles". A afirmação atribuída a filósofa francesa Simone Beavoir, pode explicar o comportamento social diante a falta de caminhos para combater o tabagismo no Brasil, já que mais escandaloso que a ocorrência desse problema é o fato da população se habituar a essa realidade. Tal realidade possui origem clara na falha educacional que perpetua a falta de informações. Dentre os fatores que corroboram esse quadro estão a manipulação midiática e a *postura política imediatista.
Dessa forma, a falibilidade educacional, atrelada a manipulação da mídia potencializa os obstáculos para combater o vício do fumo. Isso ocorre porque a mídia tende a naturalizar o ato de fumar através de conteúdos onde o fumante é caracterizado pelo cigarro, gerando uma massa despreocupada com a saúde e bem-estar. Essa ideia é semelhante ao personagem Sanji da animação japonesa "One Piece" onde é constantemente visto fumando e que dentro do anime esse é o seu símbolo de poder e charme.
Além disso, torna-se claro como a postura política imediatista consolida a falta de importância social atribuída ao combate do cigarro no Brasil. Essa situação acontece pela carência de interesse por parte dos políticos que direcionam a maioria das ações voltadas ao curto prazo a fim de um ideal de autopromoção. Dessa forma as necessidades sociais pouco visíveis são secundárias.
Portanto, mediante ao exposto é necessário perceber que os impactos causados pelo fumo que é fruto da carência educacional, necessita de caminhos e solucione essa realidade. Para isso, o governo federal deve atuar por meio do *Plano de Combate ao Tabagismo*, que através do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) deve desenvolver campanhas publicitárias abordando o tema de consequências do cigarro, a fim de levar ao público mais conhecimento acerca do assunto. Além disso, o plano deve mobilizar e organizar a população para que essa possa pressionar os representantes políticos, a fim de considerar pautas relacionadas ao tabaco. Nesse sentido a partir de tais medidas, o pensamento da filósofa Simone biavor sobre a habitualidade aos escândalos não mais representará a sociedade brasileira.