Policarpo Quaresma, protagonista de Lima Barreto, do clássico livro "O Triste Fim de Policarpo Quaresma" sempre teve como característica marcante o nacionalismo ufanista, acreditando em Brasil utópico. Entretanto, o escoamento de produtos no Brasil, apresenta falhas e dificuldades, sendo necessário uma busca por alternativas para tal situação, o que torna o país ainda mais distante do imaginado pelo sonhador personagem. Nessa perspectiva, percebe-se configuração de um problema de contornos específicos, em virtude da falta de investimentos em outras formas de escoamento e da precariedade das estradas que são usadas no meio rodoviário.
Em primeiro plano, evidencia-se que a falta de investimentos em outras formas de escoamento decorre da comodidade de usar meio rodoviário, o que o tornou o mais usado em todo o país. Maquiavel defendeu que "mesmo as leis bem ordenadas são importantes diante de costumes". A perspectiva do filósofo aponta para uma falha muito comum na sociedade: acreditar que a criação da lei em si pode resolver problemas complexos como o escoamento de produtos no Brasil, necessitando, assim, de buscas por alternativas. Assim o que se verifica é uma carência de investimentos em outras formas de escoamento, o que vem a dificultar novos caminhos para transitar os produtos.
Outrossim, a precariedade das estradas ainda é um grande impasse para resolução da problemática. O filósofo Foucault defende que ,na sociedade pós-moderna, alguns temas são silenciados, visto que os prefeitos e vereadores em vez de promoverem a construção de novas estradas, bem como a manutenção das que necessitam de tal atenção, acabam por ignorar esta problemática, a qual está tão presente na sociedade e nas estradas brasileiras.
Portanto, é preciso que o Ministério do Trabalho, em parceria com várias associações de caminhoneiros, promovam uma melhora nas estradas a fim de contratar uma alternativa para o escoamento de produtos no nosso país. Outra aternativa para tal questão pode ser a dedicação à novas formas de transporte de produtos, que deve ser discutida pelos governos estaduais, por meio de reuniões periódicas, a fim de buscar novas fontes de escoamento de produtos. Assim a proposição de Foucalt se tornará menos aplicável à realidade do Brasil atual.