A sociedade moderna é severamente eivada de consumismo, onde ter é sinônimo de ser, além da precariedade ou completa ausência do ensino da educação financeira.

O simples ato de utilizar o telefone celular para navegar na internet, leva o usuário a ser bombardeado com anúncios dos mais diversos produtos, com foco naqueles voltados ao seu intrínseco interesse, graças aos algoritmos que aprendem os costumes dos usuários. O desejo incessante de consumir, aliado ao valor social que a posse de certos produtos representa, leva o indivíduo a apelar para soluções soluções como a aquisição de empréstimos e financeiramentos, se endividando, a fim de garantir o tão sonhado produto.

A educação financeira nunca foi um tema difundido na sociedade brasileira, quer seja por questões culturais ou mera negligência. Há ainda o decreto 10.393, editado no ano de 2020, que visa promover o ensino da educação financeira nas instituições de ensino do país, mas que é recente e não teve tempo suficiente para produzir os efeitos esperados.

A mudança nos padrões de consumo é, ao mesmo tempo, um caminho para e um fruto da educação financeira, que deve ser promovida e incentivada pelo Estado através de campanhas e políticas públicas, desconstruindo a doutrina do consumismo.