O feudalismo foi uma época que a sociedade da idade média foi dividida em feudos, pedaços de terra que eram controlados pelos senhores feudais, uma espécie de reis nesses ambientes. Por serem muito grandes, necessitavam de trabalhadores, conhecidos como camponeses, os quais eram constantemente explorados por meio de impostos e trabalhos excessivos nos castelos, em troca apenas de moradia. Paralelamente, o contexto hodierno é semelhante à situação dos camponeses da era feudal, já que a exploração trabalhista é um problema em pauta da sociedade. Destarte, é necessário pontuar a negligência estatal, assim como atitude dos empregadores como contribuidora do desafio.
De início, há de constar a débil ação governamental como mantedora da problemática. Acerca disso, Thomas Hobbes, filósofo inglês, em seu livro "Leviatã", defende a incumbência do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso da coletividade. As autoridades, portanto, não vão de encontro com a ideia de Hobbes, já que segregam direitos fundamentais para a sociedade, como os direitos trabalhistas. Tal quadro ocorre porque, assim como pontuou Murray Rothbard, uma parcela dos políticos visam apenas retorno de capital, em detrimento do bem-estar populacional. Logo, é inadmissível que esse cenário perdure.
Outrossim, ação dos empregadores também contribui com esse cenário adverso. Sob esse viés, tal exploração é causada principalmente com trabalhadores que não tem ciência de seus direitos ou que necessitam de emprego, gerando uma submissão ao empregador. Nesse contexto, essa relação entre empregador e trabalhador causa uma força que o trabalhador faz desproporcional à sua recompensa. Tal ação é definida por Karl Marx, sociólogo alemão, de "Mais-Valia". Isso pode levar à situações de trabalho análogo à escravidão, o que, infelizmente, emite a sensação de desrespeito ao trabalhador.
Por fim, é necessário a omissão do Estado. Para tanto, cabe ao Governo Federal, mais detalhadamente ao Ministério do Trabalho e Emprego, a fim de diminuir a exploração trabalhista, por meio da Constituição vigente desde 1988, a criação de leis que aumentarão a fiscalização em locais de trabalho e de propagandas que disseminarão sobre os direitos trabalhistas, como identificar uma exploração laboral e quais ações deverão ser feitas. Assim, os camponeses explorados na época feudal será apenas mais um período da história, não a projeção da sociedade atual.