Para Émile Durkheim o suicídio não é um fenômeno individual, mas social, ou seja, possui interferência da sociedade. O sociólogo alemão o classificou em três tipos, o anômico, o altruísta e o egoísta, sendo o último o predominante na sociedade moderna. Nos últimos anos este fenômeno tem se tornado ainda mais expressivo entre os jovens, estando atualmente entre as principais causas de morte de crianças e adolescentes.

O suicídio egoísta é um ato que se reveste de individualismo extremado, tendo como uma das principais causas a exclusão social, diariamente notada entre os jovens da atualidade e que pode ser intensificada pela predominância do bullying em escolas. Tal prática consiste, por sua vez, na discriminação do indivíduo motivada por diversos aspectos, podendo envolver desde um comportamento tido como engraçado até a sexualidade da vitima, problema que, por mais que já seja combatido, ainda persiste na sociedade brasileira.

Contudo, não é a única motivação a ser considerada. Outras razões bastante notórias, em especial para a população jovem, são o estupro e o assédio. Dentro desse contexto, recentemente o seriado norte americano 13 Reasons Why expôs a problemática. A série, onde pessoas próximas a uma garota, Hannah Baker, recebem fitas com áudios da vítima explicitando os motivos que a levaram a tirar a própria vida, foi bastante assistida no Brasil.

Desse modo, conclui-se que o suicídio pode ter variadas justificativas. Logo, é cabível, primordialmente, ao governo prestar assistência às vítimas, tanto de assédio e estupro, quanto de bullying, buscando uma melhoria do sistema único de saúde, a partir da integração de mais psicólogos e psiquiatras, ampliando o número de assegurados. É importante também objetivar uma melhoria no âmbito legal, procurando punir com mais veemência os criminosos que cometerem tais crimes. Outrossim, é dever dos pais estar atentos aos comportamentos dos seus filhos, com o intuito de prevenir tal prática, diminuindo, assim, a quantidade de suicídio entre jovens.