O filme "Por Lugares Incríveis" retrata a temática do suicídio em jovens. O personagem principal, Finch, na tentativa de auxiliar sua amiga Violet com sua depressão, negligencia a si e aos seus problemas, entregando-se à morte. Análogo à ficção, o suicídio é o segundo fator que mais mata jovens no mundo, representando 7,3%, segundo a OMS. Fatores como as mídias sociais e a pressão externa podem potencializar o desejo retido de querer acabar com a própria vida.

Com o advento das redes sociais, como o Facebook e o Instagram, e os jovens cada vez mais imersos, a "vida perfeita" das redes se torna uma meta inalcançável, e as comparações se tornam mais frequentes. Ademais, comportamentos em massa, como o "desafio da baleia azul", surgem como formas de pertencimento a um grupo. Dessa forma, pais e familiares devem ficar atentos com o conteúdo que está sendo consumido pelas crianças, de modo a mitigar possíveis danos futuros em decorrência do "fracasso" em não alcançar a "vida perfeita", que é inexistente.

Todavia, os mesmos pais e familiares podem, também, ser os responsáveis por causar ansiedade e cobranças intensas nos jovens. A exigência em entrar em uma faculdade, a não compreensão da sexualidade dos filhos, e a obrigação em ser sempre o melhor são exemplos de atitudes que podem fomentar o sentimento, na criança, de impotência e de cobrança extrema e, em casos mais graves, de depressão e suicídio. Deste modo, o acompanhamento psicológico é uma medida essencial e deve ser estimulada, a fim de auxiliar os adolescentes e suas questões particulares.

Portanto, o suicídio é um problema grave entre jovens e deve ser tratado como tal. Conversas sobre o assunto devem ser estimuladas, e palestras devem ser realizadas nas escolas e nas comunidades por profissionais capacitados, de modo a expor a relevância do tema e suas formas de prevenção. Ainda, cabe aos governos municipais a divulgação do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e seus serviços, bom como estimular o seu uso, a fim de amparar àqueles que não possuem renda para acompanhamento particular. Além disso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) e suas formas de contato, também devem ser divulgados em âmbito nacional, com o propósito de não deixar que mais vidas sejam eliminadas por causas evitáveis e tratáveis.