Em primeira análise, é evidente que os alimentos desperdiçados são frutos de um caminho que começa na produção e termina na mesa do consumidor. Sob esse viés, o documentário nacional “Cultura do desperdício”, revela como mantimentos são perdidos em toda a cadeia produtiva, da colheita ao consumo. Nesse sentido, é possível observar como a sociedade é periódica no processo de descartar, visando sempre manter “o melhor”, tanto na questão da qualidade, quanto na visual e estética do produto. Desse modo, persiste a chamada “Cultura da desordem”, termo utilizado por Luciana Quintão, idealizadora do documentário, em que o desperdício se tornou uma questão social, cultural, sendo normalizado e, ocasionando empecilhos para sua resolução, visto que, o mesmo envolve diversas camadas.
Ademais, o consumismo exacerbado por parte dos indivíduos corrobora o problema. Nessa perspectiva, é possível observar como a “Cultura da fartura”, e o seu modo de vida em que “é melhor sobrar do que faltar”, está incorporada na vida do brasileiro, uma vez que, hábitos de não reaproveitar sobras, fazer compras mensais abundantes, e preparar porções exageradas, são atividades comuns no dia a dia do cidadão. Com isso, fica nítida a contribuição da “Cultura da fartura” para os mais de 40 quilos de comida que são jogadas no lixo anualmente no Brasil, como afirma a Embrapa, sendo que essa quantidade seria suficiente para alimentar 13 milhões de pessoas. Diante disso, fica entendido que, a infeliz situação retratada se prorrogará enquanto não houver uma “cultura” que preze pelo reaproveitamento ao invés da descartabilidade.
Frente a tal problemática, faz-se urgente que, o Ministério do Meio Ambiente, com o auxílio do governo federal, elabore cartilhas e campanhas, físicas e digitais, com o intuito de esclarecer e informar, desde os produtores aos consumidores, a importância de combater o desperdício, através de dados que mostrem o quão crítica é a situação na sociedade, e, a reaproveitar o que seria descartado, mediante receitas e instruções sobre qual fim, sustentável, dar àquele alimento. Comércios e/ou supermercados, poderiam recorrer à doação ao perceberem que tem produtos que não estão no seu melhor estado para venda, mas que ainda são consumíveis.
Somente assim, políticas semelhantes as que Anthony aborda em seu documentário, ganharão mais destaque, impacto e espaço, acarretando um modo de vida mais sustentável na sociedade brasileira.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada