A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, defende a manutenção do respeito entre os povos de uma mesma nação. No entanto, na sociedade brasileira atual, observa-se uma grande dificuldade em aceitar a diversidade do conceito de família no século XXI. Desta forma, nota-se que a ideia de família na contemporaneidade reflete um cenário desafiador, seja em virtude do legado histórico, seja pela lenta mudança na mentalidade social.

Sob esse viés, pode-se apontar, como um empecilho à consolidação de uma solução, o legado histórico. De acordo com o pensamento de Claude Lévi-Strauss, só é possível interpretar adequadamente as ações coletivas por meio do entendimento dos eventos históricos. Nesse sentido, a concepção de família apresenta raízes intrínsecas no núcleo familiar patriarcal, onde o pai é o provedor e a mãe é a encarregada de cuidar dos filhos e da casa.

Além disso, outra dificuldade enfrentada é a lenta mudança na mentalidade social. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que o atual conceito de família é fortemente influenciado pelo pensamento coletivo, este que está enraizado no legado histórico. Diante disso, se as pessoas crescem em um contexto social intolerante, a tendência é adotarem esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa.

Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Logo, é necessário que as prefeituras, em parceria com o governo do estado, proporcionem a criação de oficinas educativas, a serem desenvolvidas nas semanas culturais dos colégios estaduais, por exemplo. Esses eventos podem ser organizados por meio de atividades práticas, como dramatizações, dinâmicas e jogos, de modo a proporcionar a visualização do assunto, além de palestras de sociólogos que orientem ao conceito de família no século XXI para os jovens e suas famílias, a fim de efetivar a elucidação da população sobre o tema. Assim, a população brasileira poderá atuar na melhora do país.