O romance canadense “Anne de Green Gables” é baseado nas experiências de uma garota órfã, adotada por um casal de irmãos, que ao chegar em sua nova moradia, enfrenta diversas contrariedades, inclusive o prejulgamento à sua família fora de padrão. Apesar de ser um conto literário, no Brasil atual, situações semelhantes são vivenciadas por grande parte das formações familiares que lidam com os estigmas de tal qual. Sob esse viés, é imprescindível a discussão acerca da frequência diversativa do núcleo familiar, em adição dos paradigmas sociais diante da legislação.
Em primeiro plano, é possível analisar a expansão da esfera familiar ao decorrer do tempo, isto é, de acordo com o G1, o número de mães solteiras cresceu 1 milhão em 10 anos. Além disso, o site Edição Brasil afirma que 50,1% da população brasileira é formada pela variedade de agrupamentos afetivos. Nesse contexto, a comédia “Minha mãe é uma peça” representa uma família monoparental, constituída pela mãe e seus dois filhos, os mesmos visitando o pai eventualmente. No mesmo sentido, o ator protagonista Paulo Gustavo, mantinha um relacionamento homoafetivo composto por dois filhos, fora das telas.
Apesar de pouco mais da metade da sociedade ser integrada por famílias modernas, o preconceito ainda é abundante. Apesar disso, o Supremo Tribunal Federal permite que casais do mesmo sexo adotem crianças, além da legalização a partir da Constituição Federal de 1988 no art. 226, alega que a família oriunda do casamento, da união estável e formação monoparental. Porém, a formação tradicional de família, gera intolerância, causando impasse social. Como consequência, repulsão e constrangimento no convívio dos indivíduos, estabelecendo bullying nas crianças e até mesmo violência.
Portanto, para infringir esteriótipos familiares, o MEC - Ministério da Educação- deve tornar a educação humana tão importante quanto a educação acadêmica, por meio de inclusão de aulas de sociologia e ética, para que crianças e adolescentes aprendam as diversidades, além de priorizarem o respeito. Como também, o Ministério da Justiça deve punir aqueles que cometerem atos violentos ou discriminação, criando e fortalecendo leis para tal ação, a fim de vivermos em uma sociedade reverente.