Ao longo do processo de formação da sociedade, a implementação de indústrias nas grandes cidades brasileiras atraiu muitas pessoas da zona rural para a zona urbana em busca de trabalho e melhores condições de vida o que provocou deste modo, o êxodo rural. Todavia, a ocupação sem um devido planejamento gera, consequentemente, diversos problemas no âmbito social. Não só a falta de infraestrutura adequada, como também a má administração são dois fatores responsáveis por ocasionar esta problemática. Sendo assim, convém analisar-se as principais dificuldades, os problemas e as possíveis soluções para atenuar tal fenômeno.
Em primeiro lugar, deve-se compreender que, os contextos históricos corroboraram o desenvolvimento dos problemas das grandes cidades brasileiras. Em virtude da expansão indústrial sucedeu a migração em massa das populações atraídas pelas metrópoles à procura de maiores oportunidades. Por conseguinte, esses polos não possuíam infraestrutura adequada, visto que não estavam preparados para receber tantas pessoas. Dessa forma, a industrialização ocasionou uma divisão territorial do espaço geográfico em que se estruturou as chamadas "áreas marginalizadas".
Além disso, de acordo com a Constituição promulgada no ano de 1988, assegurada no artigo 5º, todos indivíduos possuem os mesmos direitos perante a lei, sendo eles o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Entretanto, as grandes cidades do Brasil enfrentam diversos problemas em que destacam-se as questões da moradia, saúde, segurança e exclusão social. Por isso, percebe-se que, na atual realidade brasileira, os centros urbanos não cumprem esta garantia, o que reproduz um aumento nos índices de desigualdade social.
Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para solucionar os problemas das grandes cidades brasileiras. Desde a Revolução Francesa, entende-se que os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade são fundamentais para uma sociedade justa e igualitária. Sendo assim, políticas públicas devem ser desenvolvidas para garantir os direitos constitucionais. O Governo Federal, por meio do programa habitacional Minha Casa Minha Vida deve facilitar o financiamento de imóveis para famílias de baixa renda a fim de diminuir a discrepância, responsável pela marginalização. Ademais, deve haver mais investimentos em serviços públicos básicos, como saneamento, educação, saúde e segurança, o que possibilitará melhores condições de vida. Somente assim, poderemos conquistar o lema da Revolução Francesa com uma sociedade justa e igualitária.