A declaração dos direitos humanos- promulgada em 1948 pela ONU- assegura a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar social. No entanto, o precário serviço de educação pública do Brasil e a exclusão social, vivenciada pelos indivíduos que sofrem a prática do bullying nas escolas, torna esse direito concreto somente na teoria e não na prática. Mediante a este fato, é notório alegar as causas que a falta de representatividade e a desigualdade nas escolas perpetuam na sociedade do país.
Primordialmente a ausência de representatividade é um desafio presente nas escolas. Zygmunt Bauman defende que "não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas". Entretanto não é possível verificar uma reação interventiva do Estado na prática do bullying, resultando em uma piora do indivíduo nos estudos e em sua saúde mental. Causando assim, uma marca na vida da pessoa onde não se interessa mais nos estudos por medo. Em suma, urge o estado ter uma reação de responsabilidade a essa crise.
Em segundo plano, a discrepância nas escolas é um desafio que prepondera no Brasil. Conforme a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Contudo, constata-se que uma parcela de alunos não usufrui dessa perspectiva de igualdade posto que, as vítimas que sofrem bullying são vistas como diferentes de outros perante a sociedade. Tornando um impasse para que o país seja uma população igualitária. Dessa forma, para que haja um corpo social democrático, é imprescindível que o ponto de vista de São Tomás de Aquino seja sobreposto a questão.
Portanto, infere-se que o poder público crie um programa, por meio de políticas públicas que irão investir no debate sobre a falta de representatividade dos indivíduos que sofrem bullying nas escolas. A fim de reverter a insuficiência legislativa que impera. Outrossim, é preciso que o ministério da educação juntamente com apoio de psicólogos intervia no quesito da desigualdade nas escolas, por meio das redes midiáticas que realizaram vídeos com depoimento de pessoas que sofreram bullying. Tal ação pode ainda, contar com pesquisas públicas, para entender e priorizar as reais necessidades da população, dessa maneira as vítimas poderão ter o apoio do Estado. Quiçá assim, seja possível tornar os preceitos dos direitos humanos uma realidade no Brasil.