No filme “Até que a sorte nos separe” a vida financeira do personagem principal é marcada por altos e baixos, mesmo após ter ganhado na famigerada loteria, o protagonista entra em um processo de falência devido à gastas excessivos e descontrolados. Na ficção toda essa série de acontecimentos são expostos de forma humorada, todavia não se pode desatentar ao fato da realidade se assemelhar ligeiramente a ficção, pois boa parte da população não possui noções básicas de coordenação financeira, afetando diretamente a vida pessoal.
Primeiramente é preciso se atentar ao fato de que mais de 60 milhões de brasileiros foram inadimplentes no ano de 2018, segundo o Serviço de Proteção de Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sendo assim 69 milhões de brasileiros com o “nome sujo”, essa parcela da população são restritos à inúmeros serviços, é evidentemente que essas pessoas não se encontram em nessa situação meramente por escolha mas sim por escassez de recursos para realizar os pagamentos em dia ou muitas vezes somente pela desorganização de suas dívidas.
Em segundo lugar, devemos ter ciência do impacto da má gestão financeira na saúde mental da população, conforme a pesquisa da empresa BlackRock (Soluções de Gestão de Investimento) o dinheiro é o principal responsável pelo estresse da sociedade brasileira, além de menos de 50% da população acreditar ter boa saúde financeira.
Desse modo podemos concluir que é visível a desinformação da população sobre o gerenciamento de seus gastos mas poderia ser amenizadas com o acesso a educação financeira. Poderia o Ministério da Educação (MEC) investir em cursos online e gratuitos a população sobre a temática.