Após produzir o filme "Cidadão de Papel", Gilberto Dimenstein afirma que para uma sociedade ser consolidada como democrática, é necessário garantir direitos fundamentais ao povo, incluindo a liberdade religiosa. No entanto, é visto que a intolerância religiosa inibe o processo de democratização do país. Portanto, é imprescindível enunciar a insuficiência legislativa e o preconceito da sociedade como principais causas do problema.
Em primeiro lugar, torna-se evidente a ineficiência das leis que punam tais práticas. A esse respeito, o filósofo grego Aristóteles afirmou que o objetivo da política é promover o bem-estar da população. Entretanto, a conjuntura vigente contraria o ideal aristotélico, visto que a intolerância religiosa cresce ano após ano e pouco se faz a respeito. Assim, medidas precisam ser tomadas pelas autoridades competentes de modo em que vise atenuar o revés.
Ademais, é cabível pontuar o baixo aflingimento da sociedade sobre o tema. É notável que grande parte do ódio religioso é cometido contra religiões de matriz africana devido o passado escravista do Brasil, em que privou africanos de cultuar suas religiões. para acabar com a chaga que perdura por séculos, é necessária intervenção governamental que incentive o respeito religioso.
Infere-se, portanto, que o imbróglio abordado deve ser solucionado. Logo, é dever da mídia em programas televisivos abordar o tema com uma visão crítica. Em adição, o Congresso Nacional irá discutir leis e intensificar a punição para aquele que incitar ódio religioso. Feito isso, a sociedade brasileira, com a justiça de Aristóteles, finalmente irá se consolidar como democrática.