- 01 Mai 2023, 18:38
#114998
São Tomás de Aquino defendeu que todas as pessoas precisam ser tratadas com a mesma importância. Porém, a questão da intolerância religiosa no Brasil contraria o ponto de vista do filósofo, tendo em vista que, no Brasil, algumas das comunidades religiosas são vítimas de discriminação constante. Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação, que possui como causas: lenta mudança na mentalidade social e sensação de superioridade. Dessa forma, em primeira análise, a lenta mudança na mentalidade social mostra-se como um dos desafios à resolução do problema. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que a questão da intolerância religiosa é influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social intolerante, a tendência é adotar esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa. Além disso, cabe ressaltar que a sensação de superioridade é um forte empecilho para a resolução do problema. A teoria da Eugenia, cunhada no século XIX e utilizada como base do nazismo, defende o controle social por meio da seleção de aspectos considerados melhores. De acordo com essa perspectiva, portanto, haveria seres humanos superiores, a depender de suas características. No contexto brasileiro atual, a noção eugênica de superioridade pode ser percebida na questão do desprezo e do preconceito com grupos religiosos, cuja base é uma forte discriminação. Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a resolução do problema. Logo, é necessário que as prefeituras, em parceria com o governo do estado, proporcionem a criação de oficinas educativas, a serem desenvolvidas nas semanas culturais dos colégios estaduais. Esses eventos podem ser organizados por meio de atividades práticas como dramatizações e dinâmicas, de modo a proporcionar a visualização do assunto, além de palestras de sociólogos que orientem sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil para jovens e suas famílias, com embasamento científico, a fim de efetivar a elucidação da população sobre o tema. Paralelamente, é preciso intervir sobre a sensação de superioridade presente no desafio. Assim, os reflexos da Eugenia permanecerão nos livros históricos, distantes da realidade brasileira.