Segundo Sigmund Freud, o homem moderno está em constante mal-estar, pois se encontra em uma dicotomia entre os seus impulsos e a civilização. Ao analisar a teoria do psicanalista, esta realidade perpetua-se com a prática do bullying nas escolas de todo o Brasil. Nessa perspectiva, é necessário a análise de aspectos sociais e culturais, para que se chegue a uma conclusão sobre a questão.

Em primeira análise, é preciso destacar a importância do meio escolar na solução de atos como bullying. Pois, além do convívio dos alunos entre si, é seu dever educa-los para as relações pessoais e profissionais. O sociólogo Pierre Bourdieu em seu extenso estudo sobre o sistema educacional, já falava sobre as desigualdades sociais, e as relações de poder no meio educacional. Logo, fica claro a necessidade de as instituições trabalharem o assunto dentro e fora de sala de aula, com o combate à violência entre alunos, e dos professores com os estudantes. Entretanto, as instituições não devem ser as únicas responsáveis para buscar a solução deste problema, pois a família também é essencial.

Sob esta ótica, os casos de exclusão e violência nas escolas podem ser combatidos com ajuda dos responsáveis. Portanto, mesmo sendo uma situação caótica, com o acolhimento necessário é possível reverter toda essa circunstância. Na novela Chiquititas, mesmo se passando em um lar de adoção, é possível ver em como o amor e o carinho mudam as relações, e o comportamento dos personagens da trama.

Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de se discutir a questão do papel da escola com os responsáveis. O Ministério da Educação deve promover palestras aos pais, professores e alunos, para conscientizar todo o corpo docente. Além disso, promover consultas terapêuticas nos colégios, ajudara às vítimas e aqueles que praticam o ato. Desse modo, será possível reverter esse triste problema social.