De acordo com dados divulgados pelo Instituto Francês Ipsos, o número de 46% da população demonstra preocupação com a qualidade do ambiente da saúde. Esses números apontam que esse problema está presente de forma complexa. Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação, que possui falta de investimento e de infraestrutura.

A princípio, a escassa verba destinada aos hospitais públicos caracteriza-se como um dificultador. Sabe-se que a base de uma sociedade capitalista é o capital, como explicam filósofos como Marx. Visto que, para serem resolvidos problemas dentro do contexto capitalista, faz-se necessário investimento financeiro. No entanto, há uma lacuna de investimento na questão da qualidade na área da saúde, que tem sido negligenciada, o que torna a solução mais difícil a ser alcançada.

Além disso, a falta de infraestrutura é uma barreira no que tange à discussão da melhoria das clínicas públicas. Segundo os dados do Tesouro Nacional o investimento em infraestrutura é baixo e configura-se como o menor em 10 anos. Contudo, sem infraestrutura não há como atuar no problema. Assim, a priorização do dinheiro público em outros setores atua como impecilho, dificultando sua resolução.

Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, o Ministério da Economia e o Tribunal de Contas da União devem fiscalizar o destino dos investimentos, a fim de remanejá-los a áreas que mais necessitam. Para que tal destinação seja coerente, estes órgãos podem criar consultas públicas, nas quais a população interaja e aponte questões como o sistema de saúde, que precisão ser resolvidos com urgência. A partir dessas ações poderá se consolidar uma melhora no ambiente hospitalar.