No jogo de Detroit, é retratado o mundo onde as inteligências artificiais já estariam presentes, de forma comum, no cotidiano das pessoas. Nesse sentido, a obra transcende a ficção, e se vê inserida na sociedade brasileira quando relacionada à falta de avanços tecnológicos em meios sociais e negligência governamental.

Diante de tal conjuntura, é imperioso destacar a omissão tecnológica na problemática. De acordo com Darcy Ribeiro, "A coisa mais importante para os brasileiros é inventar o Brasil que nós queremos". Tal pensamento, porém, ainda não foi convertido em realidade, apresentando a ausência da Ciência aplicada para a população do Brasil. Assim, dificultando a inclusão digital e o acesso ao conhecimento e oportunidades para os indivíduos que não possuem esses recursos.

Outrossim, é igualmente necessário discutir a respeito do descaso estatal. Segundo John Locke, por exemplo, os cidadães cedem sua confiança ao Estado, que, por outro lado, deve garantir os diretos básicos a eles. Paralelamente, revelando à população o aguarde que o Estado faça ações para essas pessoas tenham a possibilidade do acesso dessas inovações. Logo, possibilitando a todos terem mais alternativos, por meios técnicos.

Portanto, mister que o Estado faça progressos nessa área, por meio de instaurações de redes em locais periféricos e rurais, a fim de incluir incrementos na educação, na saúde e nas relações afetivas. Somente assim, por meio desses meios, será possível solucionar os tais desleixos exibidos por Detroit.